Assassinato de jovem que teve o corpo concretado dentro de casa foi planejado, aponta investigação

  • 13/03/2025
(Foto: Reprodução)
Ex-colega de trabalhou confessou que matou Clara Maria, de 21 anos, com um mata-leão, na cozinha da casa onde o corpo foi encontrado pela polícia, na Pampulha, em BH. Ele agiu com um comparsa, que ajudou a enterrar o corpo. Polícia Civil diz que morte de jovem foi planejada Conforme o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, também um ‘ato falho’ cometido por Sampaio durante o depoimento reforçou a suspeita. A Polícia Civil afirmou nesta quinta-feira (13) que o assassinato de Clara Maria Venancio Rodrigues, de 21 anos, foi premeditado. Ela teve o corpo concretado. Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, confessou que matou a jovem com um mata-leão na noite do último domingo (9), em Belo Horizonte. Sampaio agiu com um comparsa, Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, que também confessou o crime. Pimentel ajudou na ocultação do corpo, enterrado e coberto por entulhos de obra e uma camada de concreto na casa de Sampaio, onde o crime aconteceu. Os dois dois foram presos e, nesta sexta-feira (14), em audiência de custódia, a Justiça determinou a conversão da prisão de flagrante para preventiva. Com isso, eles seguirão detidos por tempo indeterminado. O namorado da vítima contou à polícia que estava com a companheira em uma choperia, na última quinta-feira (6), e que ambos viram Sampaio no local. A investigação aponta que ele teria ficado ressentido ao ver o casal, já que foi rejeitado por Clara anteriormente. Usando o pretexto de uma dívida que tinha com Clara, ele atraiu a jovem para o local onde morava no Bairro Ouro Preto, Região da Pampulha, e a matou na cozinha. O corpo foi encontrado pela Polícia Civil dentro do mesmo imóvel, três dias depois. “Não é um criminoso que a gente está acostumado a lidar. [São] Jovens, sem passagens, [...] pessoas acima de qualquer suspeita de cometer um ato bárbaro desse, que envolve até a possibilidade de apologia ao nazismo e à necrofilia. Este caso chocou até os policiais pela frieza que os autuados apresentaram fazendo a narrativa dos fatos”, disse a delegada da Polícia Civil, Alessandra Wilke Necrofilia e apologia ao nazismo De acordo com a polícia, antes de o corpo ser enterrado, ele ficou exposto nu, na sala do imóvel, até a tarde do dia seguinte. A polícia investiga de se houve prática de necrofilia (uso de cadáver como objeto sexual). O relato de um jovem próximo aos suspeitos e de Clara ajudou a polícia a levantar a hipótese. Ele disse que Pimentel tinha revelado anteriormente para uma turma de amigos em comum que desejava 'praticar um ato de necrofilia'. Na ocasião, ele também fez apologia ao nazismo e teria falado palavras em alemão. Clara teria repreendido Pimentel, que não gostou da reação da jovem. Conforme o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, também um ‘ato falho’ cometido por Sampaio durante o depoimento reforçou a suspeita de necrofilia. “Ele disse que não bateu foto e não tocou no corpo dela. Isso é o inconsciente dele falando. Ninguém questionou o que ele fez com o corpo. Ele espontaneamente disse que não fez isso”, contou o delegado. Clara Maria, uma jovem de 21 anos, teve seu corpo encontrado em Belo Horizonte na quarta (12). Reprodução/Redes sociais O crime A jovem Clara Maria Venancio Rodrigues, de 21 anos, foi chamada pelo seu ex-colega de trabalho, Thiago Sampaio, para receber um valor de R$ 400, que ele devia à vítima há cerca de três meses. De acordo com a Polícia Civil, o autor do crime viu Clara com o namorado na noite de sexta-feira (7), e mandou uma mensagem para ela dizendo que tinha o dinheiro para pagar a dívida. Clara gostou de receber o dinheiro, que, segundo o depoimento do namorado dela, ajudaria a pagar o aluguel. Ela morava com um amigo, no mesmo bairro onde foi assassinada. Clara encontrou Sampaio às 22h45 de domingo, depois que terminou o trabalho, e próximo da kitnet onde ele vivia. Inicialmente, ela não queria ir até o local, mas foi convencida por ele, que teria dito que o dinheiro estava em casa, onde também poderiam fazer uso de maconha. Segundo a polícia, logo que entrou na kitnet, ela foi atraída até a cozinha, onde recebeu um mata-leão e morreu por estrangulamento. O corpo ficou exposto nu, na sala da casa até a tarde do dia seguinte, quando enterrado em um corredor estreito dentro do imóvel. A Polícia Civil encontrou o corpo na tarde de quarta-feira (12). Segundo o delegado, havia um forte odor vindo da residência. A Polícia Civil conseguiu chegar até a casa com base em informações de testemunhas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o cimento que cobria a jovem ainda estava úmido, e há indícios que ela tenha sido enterrada na terça-feira (11). O corpo da vítima já estava em estado de decomposição. Dentro da casa, a Polícia Militar encontrou um homem dormindo. Três suspeitos foram presos pelo crime de feminicídio, sendo eles Thiago Schafer Sampaio, Lucas Rodrigues Pimentel e Kennedy Marcelo da Conceição Filho. Thiago e Lucas confessaram o crime, mas Kennedy negou qualquer tipo de envolvimento e foi liberado ainda na delegacia, mas segue sob investigação. A reportagem não conseguiu contato com as defesas. Assista aos vídeos mais vistos g1 Minas:

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/03/13/assassinato-de-jovem-que-teve-o-corpo-concretado-dentro-de-casa-foi-planejado-aponta-investigacao.ghtml


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